quinta-feira, 22 de dezembro de 2011


Percepção de Padrões Faciais pelos Bebês


Apesar de sabermos que as crianças são capazes de ver, desde o nascimento, não é comum se ter informação sobre as peculiaridades da percepção deste sentido. Com que nitidez ela enxerga; a partir de quando é capaz de identificar um padrão, como um rosto, como conhecido e destinguí-lo de um estranho. Tais perguntas é que devem ser repondidas neste breve escrito.

Robert Fraz, utilizando seu método da preferência visual chegou a conclusão de que a capacidade de discriminar padões é inata. Entretanto, pesquisas posteriores revelam que o que os recém-nascidos conseguem identificar bem são padões com muitos contrastes visuais, áreas claras e escuras. Assim tanto um rosto como traços faciais desordenados surtiriam igual efeito.

Outra descoberta é que os bebês até dois meses preferem olhar para os padrões moderadamente complexos, ou seja, com contrastes (como um tabuleiro de xadrez) mas não muito detalhados porque formas muito complexas (um tabuleiro de xadrez com quadrados muito pequenos) não são detectados. Ademais, um dado constatado é que os recém-nascidos preferem olhar para o que vêem bem.

Algo interessante para se acrescentar, é que o ângulo de visão dos bebês é reduzido, assim, a menos que a figura seja muito pequena ele não a enxergará completamente. Os impactos disso sobre a percepção é que não é provável que consigam focar todas as partes e menos ainda que possam conectar a informação obtida de cada uma das partes que focou para formar um todo no cérebro. Além disso um bebê vê bem a seis metros o que um adulto vê a cento e oitenta metros.

Assim, apenas por volta dos três meses os bebês começam a responder aos rostos como traços significativos e destinguir, por exemplo, o rosto de sua mãe do de outras mulheres parecidas. Já dos oito a dez meses tornam-se capazes de discriminar variações faciais rapidamente o que lhes dá a habilidade de diferenciar entre seus companheiros e os estranhos.

Por último, adite-se o fato curioso de que mesmo os rostos estranhos não são todos parecidos para os bebês. Os recém nascidos tem predileção por “rostos atraentes”, os quais podem ser considerados como aqueles de traços mais moderados e harmoniosos (tamanho do queixo comum, tamanho do nariz comum, espaço entre olhos comum), talvez por representarem melhor o esquema de rostos já vivio pelo bebê que os rostos não atraentes.



Por Sara Reis







REFERÊNCIAS:


SHAFFER. Davis R. Psicologia do desenvolvimento. São Paulo: Thomson. 2005.

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