domingo, 18 de dezembro de 2011

A CONSTÂNCIA PERCEPTIVA



A percepção de um objeto e de suas propriedades como alguma coisa constante, apesar das variações de sensações que recebem órgãos sensoriais, é, de maneira geral, o que se estuda sob o título: Constancia Perceptiva.
As pessoas percebem os objetos como se eles tivessem sempre o mesmo tamanho, forma, cor, localização, etc., apesar das grandes mudanças dos dados sensoriais.
A constância de tamanho se refere à tendência a perceber os objetos como se eles tivessem um tamanho constante, apesar de que o tamanho da imagem retiniana se torne menor quanto mais o objeto se distancia.  A constância de tamanho parece ser um resultado da aprendizagem que se processa, em grande parte, sem que a pessoa dela se aperceba. Damo-nos conta, pelo menos em parte deste processo, quando observamos objetos familiares de posições menos comuns, como, por exemplo, automóveis vistos do alto de arranha-céus.
A constância de forma é responsável por podermos reconhecer o formato de objetos conhecidos, apesar da forma constantemente mutável da imagem retiniana. Não importa o ângulo, vemos uma porta como retangular.
Os estudos sobre as constâncias de cor e brilho reforçam a conclusão de que a constância não é uma resposta a indicações específicas e sim a um conjunto de relações.  Se um pedaço carvão e uma folha branca de papel forem iluminados de forma que o papel se torne mais escuro que o carvão, ainda assim, o carvão parecerá preto e a folha branca.
A constância de localização é que nos permite julgar estáveis os objetos no espaço, apesar de sua localização variável no campo visual. Não percebemos as coisas rodando se viramos a cabeça.  Os estudos sobre esta constância perceptiva levam a concluir que a estabilidade dos objetos se deve também a aprendizagem.
A percepção depende das relações entre os fatores do estímulo, captados pelos órgãos dos sentidos e as nossas experiências passadas com este estímulo.


 Por Mariana Gonçalves


Referência Bibliográfica:

BRAGHIROLLI, Elaine maria; BISI, Guy Paulo; RIZZON, Luiz Antonio; NICOLETTO, Ugo. Psicologia Geral. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2009.

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